Os mais citados autores que ninguém leu.
Depois de uma pesquisa antropológica, recenseamneto cuidadoso e uma consulta ao oráculo, consegui fazer um rank dos autores mais citados porém nunca lidos. Veja aí se te surpreende (e com comentários).
1 - Shakespeare - "O Bardo" escreveu sobre tudo, e como já disse Harold Bloom "ele criou o homem ocidental". Talvez seja por isso que sobrem frases das peças do inglês habitando em lugares que devem fazer o coitado plantar bananeira dentro do caixão.
2- John Lennon - Famoso por suas pieguices e seus delírios pacifistas que viriam a naufragar, tem suas frases reproduzidas de forma inconseqüente e é um ícone da miguxice contemporânea.
3 - Walt Disney - Citadíssimo nos sites de relacionamento, mas quase ninguém sabe que as frases eram dele, muitas vezes atribuindo-as a qualquer outra pessoa. É o espírito Zé Carioca, nada mais justo.
4 - Bob Marley - Se a metade das pessoas que colocam uma frase do Rei da Marola soubesse o que diz o mundo estava salvo. Se 1/4 dessa metade praticasse o que escreveram ali, o mundo já estaria salvo desde antes de inventarem a internet. No fim só se identificam com um hábito do músico. Desnecessário dizer qual é.
5 - Gandhi - Incrível como está na moda pregar o pacifismo hoje em dia. Ninguém mais desrespeita ninguém, todos são compreensivos... nesse ritmo vou acabar me escaneando e indo morar no meu blog. As coisas pela net estão muito mais calmas.
O mais engraçado é que nessa mini-pesquisa eu li as citações dos defuntos acima ao lado de descrições com altíssimo teor de analfabetismo, o que me leva a crer que além de cultos, pacifistas, calmos e comedidos, os internéti-cus andam mentindo horrores.
Aliás, "mentira" é a característica que 90% deles dizem não suportar. E La nave va...
Minha irmã comprando sapatos.
Bienal do Livro, a última fronteira, o paraíso perdido consumista de um nerd à moda antiga. Se tem um lugar que me deixa feliz como um tarado numa liquidação de bordel, é na bienal.
Três pavilhões abarrotados de lançamentos, raridades, quadrinhos e café. Sim, porque café e livros são inseparáveis. Foram 6 gloriosas e ininterruptas horas dentre os stands abarrotados de livros, livrinhos, livrões e livrecos. Corri, pulei, dei cambalhotas e tive orgasmos literários.
Alguém há de pensar: "esse cara tem problemas". Não, sou apenas um capitalista compulsivo por livros e outros produtos impressos do tempo em que oráculo não nos agraciava com sua presença onisciente. Era um tempo onde a busca por informação levava horas, senão dias. E apesar da demora, você aprendia muito mais lendo sobre assuntos que não eram os que você queria saber. Ah, bons tempos... no tempo em que o próprio oráculo tentou habitar na Terra, mas por falta de compreensão nossa sobre seu infindável conhecimento só pudemos fazê-lo milênios depois.
Enfim, depois dessa peregrinação, saí do vale encantado mais feliz e mais pobre, afinal conhecimento não é de graça. A foto aí indica minhas aquisições. É bom deixar claro que no afã de garantir os exemplares mais importantes acabei esquecendo (me perdoe, pai) outros que tinha deixado para trás na tentativa e buscá-los depois. Mas tudo bem, é uma excelente desculpa para peregrinar mais uma vez!
Estou feliz como minha irmã numa loja de sapatos!
Lista das aquisições:
-Calvin e Haroldo: como tudo começou.
-Calvin e Haroldo: felino selvagem psicopata homicida.
-Calvin e Haroldo: A vingança da babá.
-Estigmas
-Peanuts: assim é a vida, Charlie Brown!
-A Thousand Splendid Suns
-The Complete Stories and Poems of Lewis Carroll.
E o de verdade é mais gostoso!
O que o capitali$mo fez comigo.
Não entendeu? clique aqui--->aqui<----
Teste de Q.I. já!
4/9/2007 12:37:16
O comentário (mal) escrito acima foi retirado de uma reportagem do Guia da Semana. Notem na destreza, na intimidade com o Português (calma, ele não deu para o padeiro). Percebam os termos super originais como "escória da humanidade". Olhem bem a parte em negrito e me digam se não é uma obra de mestre. Merece o troféu Galvão Bueno.
Essa é nova. Dever ser uma tentativa de ensinar desde cedo a dar dinheiro pro governo, nesse caso a escola. Isso reforça a tese de como o politicamente correto está acabando com o mundo. Se pelo menos tivesse ficando melhor, mas ainda tá todo mundo duro, pagando imposto e desviando de tiro. E daqui a pouco, nem xingar a mãe do juiz vai ser possível.
Como os pilantras tomaram o reino dos Céus. (Parte 1)
Uma menina (evangélica) contou a história de como Deus operou uma milagre em sua vida. Ela tinha terminado um relacionamento onde ficou com um filho de presente (não era casada, o cara comeu e meteu o pé), depois perdeu o emprego e de quebra sentia uma dor no joelho fortíssima. Tudo obra do diabo que a fez dar pro safado (lembrem-se, evangélica), o patrão a demitir depois de cumprir a licença-maternidade e ainda deve ter jogado um pão amassado no joelho da criatura.
Aí começa a parte triste. Ela se desesperou e disse ao Senhor “será que tudo terminou Senhor, será que a minha vida acaba aqui? Será que não terei mais nada?” Aí ela disse que decidiu sentar em casa e rezar. Mais nada. Deus iria dar um jeito na vida dela.
Epa, mas e a igreja? Ela que fazia tempos não era assídua do culto voltou e os “irmãos” foram lá apoiá-la. Apoio moral diga-se de passagem, porque a igreja não cuida do alimento do corpo, só da alma. Lata de leite que é bom ninguém dá. De quebra o pastor disse pra ela continuar pagando seu dízimo que Deus veria aquilo e daria a solução final. Só se for a Solução Final dos nazistas.
Um dia o cara juntou os “irmãos” em volta da cama da menina rezou com muita fé. A fulana sentiu “as coisas” estalando e seu joelho ficando normal e depois disso tudo de todo esse ritual, seu joelho ficou bom e ela pode se levantar e andar. Ela sentiu a mão de Deus tocando sua perna (acho que não era bem Deus que tocou na perna) e livrando-a da doença. Quando foi falar com um médico, ele explicou que era artrose traumática e que como ela era jovem, apenas repouso naturalmente curaria tudo. E ela ainda teve o disparate de falar o caso do pajé pro médico. Constrangedor.
Resumindo: a menina era filha do Wolverine e tinha fator de cura, o pilantra do Pastor encheu as burras com R$50,00 mensais que ela dava, os irmãos assistiram o drama maravilhados e sem fazer nada e o pajé consertou tudo no melhor estilo Dr. Fritz. Ela agradeceu a Deus por ter mandado seu mensageiro e ficou feliz de ter arrumado um emprego. Oito meses depois.
Próximos posts: Ignorância moderna, crendices, seitas babacas, Deus de mentira e afins.